O St. Julian's veio pedir, na providência cautelar em curso, para, se a mesma for decretada, o juiz, ainda assim, permitir a realização das obras previstas para a área do Colégio, uma vez que o mesmo poderá não resistir a um sismo grande.
O St. Julian's veio igualmente sublinhar que o recente sismo revelou uma nova falha sismológica que tem de ser estudada, podendo estar-se perante indícios de uma igual ocorrência forte para breve, o que teria consequências graves para o Colégio, dada a vulnerabilidade sismológica dos edifícios e o facto de aquela zona ser considerada de risco elevado em caso de sismo e de tsunami.
A SOS Quinta dos Ingleses foi ao processo concordar com o pedido do St. Julian's, pois sempre se guiou por razões de interesse público e pela defesa dos interesses difusos relacionados com o ambiente e a qualidade de vida das populações locais, não podendo assim deixar de apoiar a realização das obras necessárias à consolidação dos edifícios do St. Julian's, de forma a garantir as condições de segurança de todos quantos o frequentam.
A SOS Quinta dos Ingleses foi também ao processo dizer que, no entender desta associação, as obras há muito poderiam ter tido lugar se o St. Julian's não tivesse optado por se associar à Alves Ribeiro e fazer tudo em consórcio com esta empresa, tratando ambos os projetos como um único processo.
O requerimento do St. Julian's, no entanto, vem reforçar grandemente os argumentos que têm sido invocados pela SOS Quinta dos Ingleses quanto aos riscos e vulnerabilidades daquela área e à consequente necessidade de os prevenir, impedindo mais construção.
Pena é que a CMC e a Alves Ribeiro continuem cegas a estes factos/argumentos.